7 de abril de 2010

Cotidiano de um Santanense

Uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta  (Milton Nascimento)











"Barro, apenas barro, nas mãos do Oleiro!”

Um punhado de barro não é nada
se como barro permanecer
Mas nas mãos do oleiro
essa massa sem graça
um lindo vaso pode
ser


Uma vida sem Deus é tão vazia
e vazia sempre vai ficar

Se pelas mãos de Deus
essa vida sofrida
não se deixar modelar












Pois só Deus bem a sua medida
ele conhece a sua vida
ele vê o seu sofrer
quando sua mão de oleiro
amassa, dói um pouco
e logo passa
é para você crescer.

(Nas mãos de Oleiro, Louvemos o Senhor)

6 de abril de 2010

terça-feira, 30 de março de 2010

Ana Lúcia rechaça denúncias de Roriz

Deputada explica, entretanto, que o Sintese não defende professor que não cumpre obrigações


A deputada estadual Ana Lúcia Menezes (PT) ficou surpresa, ao tomar conhecimento das declarações do prefeito de Santana do São Francisco, Ricardo Roriz (PT), envolvendo problemas com professores daquele município. "Acho que ele deveria sentar com o sindicato, e o sindicato precisa fazer ata. Não tenho conhecimento destes dados que ele coloca de alcoólatras e faltosos. O Sintese nunca defendeu nenhum professor que não esteja cumprindo com suas obrigações. Inclusive, o que mais a gente luta é para que os professores voltem para as salas de aulas. Porque toda sociedade sabe que você tem que ter uma média de um professor para 25 alunos", explicou, garantindo que o Sintese tem mobilizado as comunidades para matricular os alunos. "Então, não é verdade".

Segundo Ana Lúcia, se isso, de fato, estiver acontecendo, é de forma isolada, e o prefeito em momento algum informou o problema ao Sintese, que se fosse comunicado teria sentado com ele para encontrar uma solução. "O alcoolismo é uma doença. Se tem algum colega alcoólatra, cabe exatamente à Secretaria de Educação junto à Secretaria de Saúde buscar uma forma de tratamento, e com a colaboração do sindicato. Com relação a algum ato de irresponsabilidade, compete ao administrador e ao gestor às medidas necessárias: inquérito administrativo. Não compete ao sindicato punir ninguém. Se há algum professor faltoso, ele abra inquérito administrativo", sugere.

Sobre a acusação feita pelo prefeito de que há professores afastando os alunos da escola, Ana Lúcia entende que a Secretaria de Educação deve buscar uma forma de preparação dos professores, apresentar alternativas e condições de trabalho. "Cadê o material pedagógico? Qual a atração? O retrato que tenho das escolas de Santana do São Francisco, são escolas com problemas sérios. Inclusive de limpeza. De higiene. Até caixa d água sem tampa tem. E eu solicitei à Vigilância Sanitária para fiscalizar. Ele precisa, como gestor, corrigir estas questões e chamar seus assessores para construir um projeto pedagógico que motive as crianças e os adolescentes a frequentarem as escolas", entende Ana Lúcia.


Fonte: Da redação do Universo Político.com











 

Prefeito solicitará ao MP afastamento de professores alcoólatras e faltosos

Ricardo Roriz denuncia que eles estão afastando alunos da sala de aula, e o Sintese faz "vistas grossas"


Por Joedson Telles




O prefeito de Santana do São Francisco, Ricardo Roriz (PT), denunciará ao Ministério Público do Estado (MPE), em audiência marcada para o dia 9 de abril, que há professores naquele município afastando alunos da sala de aula. Entre os motivos de os estudantes não estarem na escola estão à ausência de professores e o fato de alguns serem viciados em cachaça, o que, segundo Roriz, leva os pais dos alunos a não confiarem matricular seus filhos. "O Sintese sabe de tudo. Deveria fazer um trabalho que mostrasse ao professor que, quanto mais alunos na sala de aula, mas fácil fica pagar a folha. Mas o que ocorre em Santana é o contrario: o professor faz com que o aluno saia da escola", denuncia em entrevista ao portal Universo Político.com.
Segundo o prefeito, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município é baixíssimo: 2,6. "Uma vergonha. Como é que o professor exige salário, mas não se preocupa com isso? Cadê o Sintese para ver isso? O nosso salário é dos melhores da região. O acordo que firmamos com o Sintese foi para que os professores motivassem os alunos a se matricularem. Mais alunos mais arrecadação. Mas, como 90% dos professores votaram contra mim, levam a educação para o lado político. E continuam afastando os alunos da escola", sustenta, citando que professores incorporaram uma carga horária de 200 horas, por participarem do bloco político do ex-prefeito Gilson Barroso.
De acordo com o prefeito Ricardo Roriz, além dos problemas na educação, há outros deixados pelo seu antecessor. Na última sexta-feira, por exemplo, ele foi notificado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) do que o jargão da política define como uma "herança maldita" avaliada em torno de mais de R$ 8 milhões. Segundo Roriz, só junto ao INSS, o município deve aproximadamente R$ 7 milhões. "Por irresponsabilidade, ele (Gilson Barroso) não pagou ao INSS para poder pagar o salário na época do funcionário", lamentou Ricardo Roriz, que terá que pagar a dívida, já que a administração é impessoal.
Por conta destes problemas, o prefeito explicou que não tem como fechar as contas da Prefeitura. Ele explica que os salários dos professores, por exemplo, que estavam em dias até o mês de dezembro, hoje, estão atrasados, já que o dinheiro foi da folha foi usado para pagar o décimo terceiro salário. "E logo em seguida, teve 1/3 das férias para pagarmos. Então, teve o acúmulo de um salário mais 1/3", justificou o atraso do mês de fevereiro. "Mas atrasamos agora. Não são três meses como tentam passar".
Ricardo Roriz, que vem sendo criticado pelo Sintese, disse que as pessoas deveriam antes de criticar procurar saber a verdade. "Você pega uma administração que antes não investia nem 22% na educação, 14% na saúde. Nunca fez nada. Enquanto nós, só no ano de 2009, investimos no salário do professor cerca de R$ 299 mil. Só que eu não tenho royalties, e nem ICMS, para cobrir o déficit, que chega a 40 mil por mês. "Há uma dificuldade. O Sintese deveria nos ajudar a resolver, porque vai virar uma bola de neve", alertou, não descartando demissões.
O prefeito explicou que, hoje, o município tem cerca de 350 funcionários. "Dos quais, a prefeitura funcionaria hoje, tranquilamente, com 250 pessoas", disse. Numa lógica inversa ao que se assiste no serviço público, Roriz diz que "quem administra a prefeitura hoje são os comissionados. Os concursados entraram na maresia do passado, quando não fazia nada, só recebia seus salários. E hoje você tem dificuldade para colocar essas pessoas para trabalhar", disse.
O prefeito cita exemplos gritantes da cultura criada em Santana do São Francisco na administração passada. "Por exemplo, as faxineiras são contratadas para trabalhar oito horas por dia. Mas não trabalham mais do que duas horas. Varrem as ruas às 5h, vão para suas casas e não mais retornam ao trabalho. Já é uma cultura. Dizem que o prefeito é ruim. Mas só quero organizar a prefeitura", justificou.